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8 de nov. de 2010

Thanks, Sir. James Paul McCartney!

Depois de dois meses de muita espera, ansiedade, agonia (para conseguir o ingresso e meio de transporte), o grande dia chegou.
O dia de conhecer pessoalmente o considerado músico mais talentoso do mundo.
O dia que marcaria na história de Porto Alegre e, quem sabe, do país.

A aventura começa com a chegada no Beira Rio. Após conseguirmos, por muita sorte, estacionar a van em um lugar muito bom, parti para a fila. Sim, sozinho, pois o pessoal que foi junto com o transporte entrava por outros portões ou não estava no mesmo setor que eu. Tudo bem, eu fui para ver Paul McCartney e apenas isso importava.
Não fiquei nem um pouco assustado com aquele mundaréu de gente em volta do estádio pois já estava obviamente previsto. Sessenta mil pessoas. Sessenta mil pessoas reunidas no mesmo lugar e pelo mesmo motivo.
Me atrapalhei muito para achar o tal do Portão 6 e, ao achar, voltei a me atrapalhar para encontrar o final da fila. Fileiras e mais fileiras, que se enrolavam entre si de forma muito confusa e medonha, preenchiam todo o espaço ao redor do estádio. Após perguntar para uma 5ª pessoa, finalmente encontrei "a ponta do rabo".
Cheguei ao mesmo tempo que um homem acompanhado de um rapaz (Guilherme, 17 anos, Porto Alegre) que foi minha companhia durante as duas horas de fila e também durante todo o show.


Infelizmente a organização do mega-evento não acertou no funcionamento das filas. Houve muita confusão e desentendimento. Não entendo, ainda, porque não puderam colocar grades de isolamento por todo o espaço ou, pelo menos, UMA (!!!) pessoa para controlar o andamento da fila. Seria o suficiente para evitar tanto transtorno.
Enfim, tudo bem. Todo sufoco, espera, angústia e sol direto na cara foi automaticamente ignorado quando consegui finalmente entrar no Estádio.

Além de alegria e muita emoção, senti um alívio danado. Não só porque descobri que ainda havia muita chance de pegar um bom lugar para curtir o show mas, também, porque finalmente encontrei um banheiro vazio!

Eu e o Guilherme entramos no campo e ficamos sentados até começar a lotar. Encontramos um lugar muito bom, que dava para visualizar o palco inteiro e os dois telões, sem nada atrapalhando (a não ser algumas criaturas mais altas que insistem em parar na tua frente).
Entrou uma "banda" para agitar um pouco a galera com pick-ups, guitarra e saxofone.
Foi divertido ver os vovozinhos ao meu lado dançando música eletrônica, pois quem se sentiu velho fui eu.
Após um vídeo de abertura, as luzes se apagaram e toda aquela multidão foi ao delírio. Estava para começar o maior show da história de Porto Alegre.
Era 21:05 quando o Mito tornou-se Realidade.
O ex-baixista dos Beatles entrava no palco com sua impecável banda.
Após a primeira música, deu suas primeiras palavras de BOA NOITE... em português!
Aliás, Paul se deu o trabalho de traduzir quase TUDO que quis falar com o público.
Todos explodiram de surpresa quando ele soltou pérolas como: "BOA NOITE GAÚCHOS", "MAS BAH, TCHÊ", "TRI LEGAL" e, após ouvir todo mundo gritando, acompanhou no "AH, EU SOU GAÚCHO!"

Paul McCartney é o exemplo vivo de que NINGUÉM no mundo inteiro tem o direito de ser arrogante. O cara, no auge de seus 68 anos de idade, fundador e ex-integrande da banda mais importante da história do rock, nomeado como o músico mais talentoso de todos os tempos, é um verdadeiro astro mundial, mas isso não é novidade. O que mais chama atenção é que ele, além de tudo, consegue ser uma pessoa muito simples, humilde e sensível. Ainda conserva em si o mesmo espírito do jovem britânico que um dia resolveu fundar uma banda de rock com seus três (geniais) amigos.
Não tenho mais palavras para definir o que foi esse show.
Só sei que sinto muito orgulho de ter feito parte desse momento e poder ter compartilhado a minha energia, emoção, vibração e felicidade com Paul McCartney, um dos caras mais fantásticos de todos os tempos.

THANK YOU, PAUL!!!
"Até a próxima!" - com você mesmo disse.



Em tempo: aqui o link de um vídeo com alguns momentos do Paul falando em português com o público.

6 de nov. de 2010

Lembre-se:

Uma história de amor só é verdadeira quando é complicada;
E só é completa quando termina.